As famílias brasileiras que têm crianças de 0 a 6 anos serão beneficiadas com o valor extra do Bolsa Família de R$ 150 por cada filho em torno de 60 dias. O prazo é necessário para que o novo governo faça um ajuste no cadastro do programa para retirar quem recebe indevidamente o benefício e incluir quem realmente precisa do benefício.
No ano passado, uma auditoria do Tribunal de Contas da União (TCU) concluiu que o governo de Bolsonaro gastou R$ 2 bilhões mensais a mais incluindo indevidamente 3,5 milhões de pessoas no mês de outubro de 2022, no período das eleições.
Durante a transição, a área técnica identificou indícios de crime eleitoral de Bolsonaro por uso ilegal do CadÚnico. O GT da área social descobriu alta de 2,5 milhões de inscritos no Auxílio Brasil às vésperas da eleição.
De acordo com o ministro do Desenvolvimento Social, Wellington Dias, a intenção não é reduzir o número de beneficiários e sim ajudar a quem realmente precisa do benefício social.
“Vamos reformular com muito diálogo o Bolsa Família e sei que na situação que se encontra não é uma tarefa simples, mas creio que é no diálogo que vamos encontrar a pactuação e dosagem certa. Sim, vamos fazer a atualização do cadastro único e nada de pente-fino”, afirmou.
Medida Provisória
O Ministério do Desenvolvimento Social depende de uma Medida Provisória que retome as condições exigidas pelo programa antes de ser nomeado como Auxílio Brasil pelo governo de Bolsonaro.
O ministério criará grupos de trabalhos com outras pastas, como Saúde e Educação, além do IBGE, para reformular o programa. Cuidados com a saúde das crianças serão cobrados das famílias, além da escolaridade e frequência.
Da Redação da Agência PT, com informações do UOL
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