Mais uma comprovação da negligência e da falta de planejamento demonstradas pelo governo Bolsonaro foi a revelação recente do Ministério da Economia sobre a não alocação de recursos para se combater a pandemia de Covid-19 no Orçamento da União de 2021.
Em ofício encaminhado à CPI da Covid, do Senado Federal, segundo divulgou a CNN Brasil, a pasta comandada pelo ministro Paulo Guedes admitiu que não destinou recursos orçamentários para o combate à doença porque simplesmente o governo federal teria subestimado o impacto da doença neste ano. Ou seja, o governo Bolsonaro mais uma vez não levou a sério a gravidade da pandemia e acreditou que iria reduzir seu impacto em 2021.
O Ministério da Economia justificou a medida com a explicação de que o governo preferiu optar por dar continuidade ao uso de créditos extraordinários, que são destinados a gastos imprevisíveis, em razão da incerteza da pandemia, que “tornou-se fenômeno de imprevisibilidade originária e de imprevisibilidade contínua e intrínseca pelo grande número de variáveis incidentes sobre a calamidade enfrentada, inclusive com diferenças regionais significativas e dessincronizadas no vasto território nacional”.
“É fundamentalmente por esse motivo que as dotações específicas para o combate à pandemia foram, ao menos em regra, veiculadas por créditos extraordinários”, conforme analisou a equipe técnica da Secretaria de Orçamento. Os créditos extraordinários são aqueles realizados pelo governo para lidar com gastos urgentes e imprevisíveis, como foi o caso do coronavírus em 2020, já que a chegada da pandemia não poderia estar presente no orçamento.
A verdade é que o próprio ministro Paulo Guedes já chegou a admitir que contava com o fim da pandemia em 2021, apesar de todas as análises de cientistas que atuam na linha de frente e nas pesquisas a respeito da pandemia terem afirmado sempre o contrário e de inclusive preverem uma segunda e até mesmo uma terceira onda este ano.
Na realidade, Guedes continua mantendo o discurso negacionista e superficial a respeito da continuidade do agravamento da crise sanitária e econômica, ao afirmar que os casos da doença estão diminuindo, que a economia está voltando a crescer, além de comemorar o aumento do ritmo do emprego formal, mesmo diante de um quadro crítico de mais de 14 milhões de desempregados no País.
FONTE: Agência PT d Notícias
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